Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema VII"
Quem melhor do que o Fernando Pessoa (no seu heterónimo) para "ilustrar" o tamanho dos nossos sonhos?...
Há quem nos chame loucos, há quem diga que "não devemos", há até quem nos diga que "não merecem"...
Mas estamos aqui para fazer crescer, para fazer sentir e, sobretudo, fazer "Ser"!
Às 7h00 da manhã, estavam todos preparados e despertos para quatro horas de viagem rumo à Aldeia de Cima. A ansiedade e a preocupação deram lugar a uma sensação de electrizante excitação. Porque faltava muito pouco para "ver", sentir e tocar no cenário que, durante muito tempo, esteve apenas no ecrã do computador.
E, dentro daquela máquina imensa, de ferro e velocidade, lá nos fomos conhecendo e aproximando ainda mais. Brincámos, dançámos, e até nos sentimos o maquinista que guia os sonhos feitos realidade.
Chegados a Nine (que não é nove!), a Cristina e o Jorge fizeram-nos perceber que os sonhos eram, a partir dali, uma realidade de sons, texturas, cheiros e toques.
Do Diabo dos(nos) pormenores, ao pão da Avó, da fantástica Júlia Côta, que, com a sua grandeza faz com que o mundo seja tão pequeno, ao "Maior Galo de Barcelos do Mundo" (que não nos cansámos de visitar!), da recepção indescritível no jardim de infância de todas as nossas infância ao tempo e espaço de convívio e refeição (que foi muito mais do que isso!), e que nos permitiu o tempo de proximidade, de construção de verdadeiros afetos.
E o insuflável, o lago dos patos e o imenso relvado que a casa do Alberto nos davam, quase nos fez perder tudo o resto que estava preparado para nós.
Mas persistimos e fomos à Torre Medieval visitar a Exposição de gaLOBos que perdurará na nossa memória por muitos anos. E, apesar de o termos feito esperar mais do que o devido, ouvimos a elogiosas palavras do Jacinto Rodrigues que nos disseram que a Arte está em nós. Muito antes de no-la roubarem com calendários, planeamentos e exigências desmedidas, ou fichas normativas do "que há de ser!"...
Obrigado Jacinto. Obrigado por confiares em nós.
E, sempre em corrida que o tempo esfumava-se por entre os dedos que se queriam cheios de argila e pó de barro, fomo-nos desculpar junto da Ana do Museu de Olaria, que, compreensivelmente, estava triste por não nos poder dar tudo aquilo que, durante muito tempo tinha preparado para nós. Toda aquela magia que nós percebemos nos seus olhos e que nos mostrou uma "aldeia" tão maior do que todos nós. Uma magia que é muito mais do que, apenas, moldar e modelar. Que é muito maior do que os sonhos que nos constroem. Desculpa, Ana, por termos tido tantos abraços para dar antes de te podermos dar o abraço que era mais do que devido.
E, para este dia que ficará para sempre na nossa memória, e, sobretudo, naquilo que seremos de aqui para a frente, sublinhamos o que o professor Alberto (Diretor do Agrupamento de Vila Cova) nos disse: "são as pessoas que fazem os sonhos acontecer. Mesmo quando, às vezes, parecem impossíveis."
Obrigado a todos que tão bem nos receberam: aos pais e mães que nos convidaram para sua casa, à associação de pais de Creixomil, à junta de freguesia de Creixomil-Mariz, ao Agrupamento de Escolas de Vila Cova (e especialmente à professora Marisa que desde o primeiro momento esteve connosco!), ao imparável guia Jorge, e a todos e todas que, mesmo não recordando o nome, sabemos terem sido fundamentais para que o nosso tamanho fosse aumentado pelo que vimos (e sentimos!).
Por último, mas apenas porque para último ficam os essenciais, não podemos deixar de enviar um enorme abraço-pinguim à Crisitina. Sem ela, nada disto seria possível.
A forma como rendilhou e tricotou uma "toalha" de sentimentos e emoções, a forma como construiu uma peça de barro de extrema beleza, a forma como, mais do que ninguém, nos abriu a janela para que fossemos, todos, muito maiores do que o Mundo que vimos a partir dela.
Sabemos que vamos continuar a construir. A persistir, a, muitas vezes, "ir contra tudo e contra todos", e, por mais que nos custe e que nos surjam dificuldades, sabemos que, um dia, todos aqueles que foram tocados por esta aventura, serão muito maiores do que o mundo que conseguem ver!
Obrigado!
Quem melhor do que o Fernando Pessoa (no seu heterónimo) para "ilustrar" o tamanho dos nossos sonhos?...
Há quem nos chame loucos, há quem diga que "não devemos", há até quem nos diga que "não merecem"...
Mas estamos aqui para fazer crescer, para fazer sentir e, sobretudo, fazer "Ser"!
Às 7h00 da manhã, estavam todos preparados e despertos para quatro horas de viagem rumo à Aldeia de Cima. A ansiedade e a preocupação deram lugar a uma sensação de electrizante excitação. Porque faltava muito pouco para "ver", sentir e tocar no cenário que, durante muito tempo, esteve apenas no ecrã do computador.
E, dentro daquela máquina imensa, de ferro e velocidade, lá nos fomos conhecendo e aproximando ainda mais. Brincámos, dançámos, e até nos sentimos o maquinista que guia os sonhos feitos realidade.
Chegados a Nine (que não é nove!), a Cristina e o Jorge fizeram-nos perceber que os sonhos eram, a partir dali, uma realidade de sons, texturas, cheiros e toques.
Do Diabo dos(nos) pormenores, ao pão da Avó, da fantástica Júlia Côta, que, com a sua grandeza faz com que o mundo seja tão pequeno, ao "Maior Galo de Barcelos do Mundo" (que não nos cansámos de visitar!), da recepção indescritível no jardim de infância de todas as nossas infância ao tempo e espaço de convívio e refeição (que foi muito mais do que isso!), e que nos permitiu o tempo de proximidade, de construção de verdadeiros afetos.
E o insuflável, o lago dos patos e o imenso relvado que a casa do Alberto nos davam, quase nos fez perder tudo o resto que estava preparado para nós.
Mas persistimos e fomos à Torre Medieval visitar a Exposição de gaLOBos que perdurará na nossa memória por muitos anos. E, apesar de o termos feito esperar mais do que o devido, ouvimos a elogiosas palavras do Jacinto Rodrigues que nos disseram que a Arte está em nós. Muito antes de no-la roubarem com calendários, planeamentos e exigências desmedidas, ou fichas normativas do "que há de ser!"...
Obrigado Jacinto. Obrigado por confiares em nós.
E, sempre em corrida que o tempo esfumava-se por entre os dedos que se queriam cheios de argila e pó de barro, fomo-nos desculpar junto da Ana do Museu de Olaria, que, compreensivelmente, estava triste por não nos poder dar tudo aquilo que, durante muito tempo tinha preparado para nós. Toda aquela magia que nós percebemos nos seus olhos e que nos mostrou uma "aldeia" tão maior do que todos nós. Uma magia que é muito mais do que, apenas, moldar e modelar. Que é muito maior do que os sonhos que nos constroem. Desculpa, Ana, por termos tido tantos abraços para dar antes de te podermos dar o abraço que era mais do que devido.
E, para este dia que ficará para sempre na nossa memória, e, sobretudo, naquilo que seremos de aqui para a frente, sublinhamos o que o professor Alberto (Diretor do Agrupamento de Vila Cova) nos disse: "são as pessoas que fazem os sonhos acontecer. Mesmo quando, às vezes, parecem impossíveis."
Obrigado a todos que tão bem nos receberam: aos pais e mães que nos convidaram para sua casa, à associação de pais de Creixomil, à junta de freguesia de Creixomil-Mariz, ao Agrupamento de Escolas de Vila Cova (e especialmente à professora Marisa que desde o primeiro momento esteve connosco!), ao imparável guia Jorge, e a todos e todas que, mesmo não recordando o nome, sabemos terem sido fundamentais para que o nosso tamanho fosse aumentado pelo que vimos (e sentimos!).
Por último, mas apenas porque para último ficam os essenciais, não podemos deixar de enviar um enorme abraço-pinguim à Crisitina. Sem ela, nada disto seria possível.
A forma como rendilhou e tricotou uma "toalha" de sentimentos e emoções, a forma como construiu uma peça de barro de extrema beleza, a forma como, mais do que ninguém, nos abriu a janela para que fossemos, todos, muito maiores do que o Mundo que vimos a partir dela.
Sabemos que vamos continuar a construir. A persistir, a, muitas vezes, "ir contra tudo e contra todos", e, por mais que nos custe e que nos surjam dificuldades, sabemos que, um dia, todos aqueles que foram tocados por esta aventura, serão muito maiores do que o mundo que conseguem ver!
Obrigado!
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